quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

EU

Desenvolvendo internamente
Para externalizar meus sentimentos

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

às flores que quero ter.

Arame farpado
Fiapo de esperança
Lanço-me entre dois sóis
E busco cor
Sinto dor
Planto flor
Mas não as colho
Mas cheiro-as
Sinto-as e pressinto seu fim
Uma mão má irá tirá-la de mim
Mas planto outra
Outras flores
Sem dores
E com lindas cores
Arames de mim
Fiapos de dois sóis
Lanço-me na esperança

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Milagre de Santa Luzia - O Filme




Um filme lindo de se emocionar.
Um filme feito não apenas pra se ver e ouvir, mas pra viajar em inúmeras histórias e músicas.

Estréia sexta (27) no Shopping Tacaruna.

Hoje eu vi o mar


Hoje eu vi o mar
Ele me abraçou como sempre faz
Me deu carinho
Me botou no colo
Hoje eu vi o mar de dentro
O mar não estava pra peixe, nem tão pouco pra pescador
Hoje o mar foi todo meu
Fui sua rainha
Fui sua sereia
Hoje eu estive no mar
E ele todo em mim

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Que falta faz

Os pássaros continuam a cantar
Fora do ritmo
O mar continua lá
Sem onda
A árvore ainda está de pé
Sem frutos
A vida continua a ser tocada
Sem o seu maior regente


Seu amor ainda está aqui... Dentro e fora de todos nós.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Se um dia

Se um dia faltar luz
Ou pão pro meu estômago
Voltarei ao candeeiro
E farei outra receita

Se um dia faltar juízo
E um pouco de sal
Vou buscar outro louco
E salgarei tudo do mar

Se um dia faltar limite
E um pouco de euforia
Voarei todos os meus sonhos
E buscarei algum estímulo

Só não me venha com a besteira
De um dia me tirar o amor
Sem esse eu não vivo, nem a pulso
Por ele troco luz, pão, limite e euforia
Pelo amor eu vou além
Com amor eu sou alguém

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Amor em tudo.

Avô...
Me deu a mão nos primeiros passos
Me ensinou a correr, a comer
Me envolveu com carinho no seu manto de amor
Não me deixou conhecer a dor.

Amauri...
Me levou pra passear
Me contou histórias
Me deu jambo e a mangas mais doces
Me ensinou o doce da vida.

Papivô...
Me poupou do amargo
Me deu a chance de mostrar que eu podia dirigir, confiou em mim
Me ensinou o que é integridade e como usá-la
Me mostrou a lealdade na prática.

Vovô
Me ensinou a ser forte, a amar
Me mostrou o caminho da vitória
Me deu dias de glória
Me respeitou e me ouviu sempre...

Várias formas de chamar um mesmo homem massa...
E hoje quando mais preciso ser forte é por ele que tenho lágrimas.
Nem sei porque ele tem sofrido tanto, se ele não é merecedor.
Mas de uma coisa eu sei...
A semente do amor ao próximo e do respeito à vida ele plantou no meu coração pra sempre, ele é amor em tudo.
Vozinho, eu te amo, sempre te amarei, sempre serei sua fã, sempre!
Amá-lo será sempre meu prazer e respeitá-lo minha religião.

Oração

Dedique um minuto de oração ao meu avô maravilhoso:
Amauri Lopes de Lucena.

Obrigada!

domingo, 15 de novembro de 2009

Quando você pensa que é forte.
Tem que ser mais ainda...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mandem o apito pra o conserto!!!

Eu falaria do hospital público...
Mas tem outra carência brasileira que quero falar agora. Apito.

Não sou fã de futebol, nem sou Sport e como boa jogadora de handbool que devo ter sido vou falar um pouco do último jogo transmitido pela Rede Globo, SPORT x palmeiras.
Ser pernambucano em um país preconceituoso não é fácil, por mais que os “sudestinos” venham evoluindo significativamente na percepção do nosso valor nos últimos anos.
Agora ser pernambucano e jogador de futebol (ou jogar em Pernambuco) devem ser duas coisas bem difíceis, e que de quebra, os apitos não ajudam.

Futebol, o esporte que rege o país, que alegra e motiva multidões, que dá razão de vida a boa parte de infelizes com política e moradia, é disputado com unhas, dentes e apitos.

O apito pode ser o salvador da pátria, ou o vilão. No caso desse jogo ele foi o vilão para o Sport, se estivesse ficado mudo e calado, seria menos revoltante do que ter sido ignorado.

Os juízes têm o lema: Prejudique um time pernambucano você também, ou nordestino, já basta.
Enquanto isso, os passes dos jogadores “sudestinos” estarão sempre em alta, e os times pernambucanos dançando lambada para pagar a folha salarial no final do mês.

Espero que essa noite o juiz não durma e que os jogadores do palmeiras não sejam líderes, eles precisam saber que o “Leão do Norte” urge, mesmo descendo de divisão.

Vamos ver os jornais esportivos do sudeste amanhã, é outra coisa que dói nos nervos pernambucanos...

E mandem o apito pra o conserto, ou ao menos, levem-no para um concerto, será mais útil.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uma tarde de hospital público: conclusões.

Sem saúde há risco

Risco de ficar de fora

Risco de ficar sem leito

Risco de perder a hora

Risco de nada ser feito

Sem saúde há medo

Medo de ser esquecido

Medo do remédio em falta

Medo de ser impedido

Medo de ficar sem a maca

Sem saúde há dor

Dor de ficar deitado

Dor do soro na veia

Dor ao ser medicado

Dor com a bexiga cheia

Sem saúde há perigo

Perigo de não dormir

Perigo não cicatrizar

Perigo em resistir

Perigo de nem sair de lá


- Entre as conclusões acima, existem as boas... Amanhã tento escrever... Cuidem-se!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dúvidas da contemporaneidade

Planos
Fazê-los ou não?
Panos
Usá-los ou não?

Sentidos
Necessários, ou não?
Sentimentos
Respeitá-los, ou não?

Humanos
Amá-los ou não?
Medos
Senti-los ou não?

E-mails
Abri-los ou não?
Celulares
Carregá-los ou não?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Orquestra

Eu hoje engoliria uma orquestra inteira, se possível fosse.
Só tenho música nos meus ouvidos,
E canção no coração.
Eu hoje engoliria uma orquestra inteira, para tocá-la internamente.
Mas como não posso, ouço-a com o coração.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Re
ta
lhos inteiros


se
pa
ra
dos pela saudade



Pe
da
ços pequenos de mim


Par
tes minhas que vão aos poucos se tornando muitos outros.


Perdidos na imensidão cariocajaponesapoliglota de tantas descendências na cadência das descobertas do amor.

sábado, 10 de outubro de 2009

Repernambucolinda

Pernambucamente eu me faço todos os dias e é uma sensação singular, subjetiva, que somada às pontes e ladeiras me entrego por inteira ao prazer.



Olindensidade me vejo, me busco, me subo e desço sem cansar, observo à minha volta e tento não esquecer de quem sou, pois são tantas histórias por lá, que as vezes não lembro das minhas.



Recifelicidade intensa, andar pelo sol e rios, manguezais e mares, conviver com eternas cabeças criativas que moldam um jeito único de ser.

FORA


Às vezes a minha força não toma Mucilon

E eu fico perdida procurando meu compasso

Fora do ritmo eu suplico

Por um pouco de sono, ou uma porção de sal

Fora do destino eu implico


Às vezes meu sonho não me deixa dormir

E eu rolo na cama sem deixar de acordar

Fora do ar eu me sinto

Por um pouco de papo, ou um pouco de chão

Fora da rota sinto beliscão


Às vezes meu pensamento não me deixa cantar

E eu fico muda da cabeça aos pés

Fora do eixo eu me sinto

Por um pouco de batuque, ou grito de violão

Fora do agudo, um grave para embalar.

domingo, 20 de setembro de 2009

Meu calo

É na calada da noite que os sonhos gritam.
É na calada da noite que vou procurar.
É na calada da noite que os lobos uivam.
É na calada da noite que eu vou me calar.
É, amanhã é segunda, vixe.
Puts!!
Aí!
Ui!
Tchau!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cordel Umbilical




Unir as rimas ao papel
É o mesmo que uma gestação
Gerar com amor um cordel
Dar asas à criação
De letras, filhos, rimados
Criados com muito amor
Meninos nada mimados
Meninas com cheiro de flor

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fast Food Mental

-Não, eu não estou bem, estou péssima.

Puts, eu estou morrendo de fome, né pau, entra aí no McDonald's que vou me empanturrar de fast food e é hoje que me acabo. Delíciaaaaa!!!



-Sim, eu estou mal, eu não vou muito bem.

Puts, eu estou morrendo de fome, né pau, para aqui, para aqui que tem uma mulher saindo do McDonald's e ela pode nos ajudar. Tomara!!!!!






A fome pode ser interpretada de várias formas, mas independentemente de cor, credo ou paladar... Ela faz estragos do mesmo jeito, a única diferença é que nem todos tem como lutar contra ela.



-Olha amor, aqueles meninos de rua, eles parecem estar com fome.


- Vixi, deixa disso rapaz, vamos nessa se não nossos hamburgers vão esfriar.



É, tem gente fazendo fast food da cabeça.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Passo


Um passo lento...






Um passo com pressa!!



Dos passos que dei
Tropeço nos que dou
Corro para frente
Sem perceber me arranho
Levanto-me e continuo
Mas não caiu lá outra vez

terça-feira, 16 de junho de 2009

Aula da saudade – Homenagem ao paraninfo Alan Soares

Muito prazer, meu nome é trabalho
Não, mais que isso, meu nome é competência
Na verdade, meu nome completo é: Trabalho com competência, muitas xícaras de simpatia e tantas outras de entusiasmo.
E meu apelido (riso) é: “Desastroso”
O pior é que até hoje eu não sei o porquê de terem me apelidado assim.
Só porque minha caneta cai 5 vezes na aula, 5 vezes no chão, né? Porque se for contar ás vezes que cai na cabeça de alguém... Piloto? Hum, já perdi as contas... Mas isso não tem nada a ver para me chamarem de desastroso. Desastroso, eu? Hum!!!
Olha, eu gosto de muita coisa nessa vida, viu? Mas gosto muito mais de ensinar. Gosto também de lecionar, de ministrar aulas, de orientar, de educar, de doutrinar, de instruir, de habilitar... Aaaa eu também amo de paixão, esclarecer. Tá aí, uma coisa que eu não abro mão.
Eu carrego comigo muito conhecimento, mas trago numa mala, que aonde eu chego, eu abro, e forneço aos que se interessam, e até mesmo aos que não se interessam muito. Eu invisto daqui, dali, e pronto, doei mais um pouco do meu saber.
Outro dia me perguntaram aonde eu queria chegar com tantas horas de dedicação ao saber, e logo respondi: Eu quero chegar aonde chegam os vitoriosos. Mas eu não quero chegar só, quero um bando de vitoriosos do meu lado, para comemorarmos, aí eu vou tomar minha cerveja sem álcool e rir a noite toda.

E completei: Eu sei que ainda há muito o que viver e muito mais para acontecer. Por isso, eu leio!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Asfalto de mim

Na beira do rio, no asfalto
Da passagem do lago, me afasto
Me afobo.


Na dúvida, na dádiva
Asfalto ao meio dia
A carne queima e reina

Dou metade de mim
Da outra, me perdi
O engano da gente, que arde
Demente

Ao rumo, ao que me invade
O que eu como, quem me consome
Meu medo, meu dedo podre
Meu espanto, o espantalho que criei de mim

Me fiz de inocente, me despi
Vestida de vaidade, comprei uma passagem
Na beira do rio, do asfalto
Para o meio do precipício.

domingo, 31 de maio de 2009

Aos Livros












Aos livros, leitores.

Aos homens, dignidade.

Aos sem teto, casa.

Aos deficientes, oportunidade.


Aos políticos, ética.

Aos culpados, perdão.

Aos pés, guia.

Aos cupidos, coração.


Aos nervos, camomila.

Aos negros, respeito.

Aos lábios, outros.

Aos homens, direitos.


Aos famintos, comida.

Aos sábios, voz.

Aos formados, empregos.

Aos rios, foz.


Às lágrimas, consolo.

Ás leis, cidadãos.

Às flores, água.

Às crianças, educação.


Às mulheres, vez.

Às carteiras, dinheiro.

Às correntes, chave.

Às navegantes, e-mail.


Ao amor, cúmplice.

Ao corpo, sentidos.

Ao samba Buarque.

Ao crime, foragidos.


Ao enfermo, saúde.

Ao desbotado, tinturaria.

Ao surf, onda.

Ao solitário, companhia.


À dúvida, resposta.

À juventude, maturidade.

À seca, chuva.

À cidade igualdade.


À conquista, mérito.

À escuridão, lampião.

À testemunha, segurança.

À pressa, imperfeição.


A MIM, O QUE FAZER





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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Enredo Anônimo



Desde de menino eu nunca fui bom pra nome, deve ser porquê até hoje eu não me conformei com o meu: Autêncio Vislêncio Clemêncio Neves. Querendo, ou não, me tornei o Neves. Por facilidade, ou por gentileza, o povo me batizou assim.

Lembro-me do meu primeiro zero, foi quando, na prova de História do Brasil, eu narrei tudo sobre o “descobrimento”, mas esqueci o nome do homem. Hoje, Bento Álvares Cabral não me saí da memória, é fogo...

E a Patrícia... No dia em que fui pedi-la em namoro ela parecia uma princesa, no fundo ela sabia que àquela seria uma data marcante nas nossas. Seria, se eu não tivesse trocado o nome dela. Mas isso não é mais problema, estou casado, bem casado, tenho seis filhos, todos os cinco meninos se chamam Walmyr, sempre acompanhado por um segundo nome. Walmyr Quinto é o caçula dos meninos, o mais velho é Walmyr Primeiro. A menina, mais nova de todos, chama-se Wilma Primeira.

Na adolescência eu tive um cachorro que fugiu de casa, eu até o vi saindo, corri, mas era tarde demais, eu não sabia o nome dele. Eu sempre tive muitos amigos, a solução era chamá-los assim: Amigo!!! E hoje, do motorista do ônibus, ao meu inquilino são meus amigos.

Minha esposa Dó (Dorotééééééééira), acha mesmo que eu nunca aprendi o nome dela. Puts, e o meu primeiro carro!!! O nome dele está na ponta da língua, mas nem cuspindo sai.

- Dó, como era o nome daquele meu carrão vermelho?
- Dorotééééééééira!!!
- Não amor, o nome da sua mãe eu sei, eu quero saber o do carrão.

Doutor, não vou mais me estender, a Dó está me dando uns tabefes, mas conto com a sua ajuda para resolver o meu problema.

Atenciosamente:
Carlos.