terça-feira, 31 de maio de 2011

De volta ao lar.

A diversidade da fauna e da flora brasileiras é uma das características mais lindas do país. Riqueza que nem sempre é bem explorada, ou que até mesmo, que não deveria ser explorada.

Pernambuco foi notícia no país esses dias pela bela atitude de incentivar criadores de animais silvestres que tenham condições de viver ao ar livre, a liberar seus bichinhos, nada de estimação, pra viverem com dignidade e não entre quatro paredes, literalmente.

No Recife, o centro de triagem de animais silvestres abriga quase 400 prisioneiros, incriminados pela atitude humana. A população insiste em criar esses bichos como se fossem de estimação.

Essa prática precisa acabar, vamos colocar nas cadeias apenas os criminosos, e parar de cometer crime contra os inocentes.


“A cada gaiola aberta, um voo para a liberdade. A mamãe timbu com os filhotinhos na bolsa que carrega como um canguru segue sem pressa. A jiboia parece reconhecer o lugar e a caninana, arisca, não perde tempo. Assim, sumindo na mata ou desaparecendo no riacho, eles encontram a vida nova.”

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Carta à uma babá

Babá minha querida
Apareça por favor
Já pedi a São Longuinho
A Jesus, nosso Senhor
Nesses dias eu endoido
Com vontade de você
Vem de pressa, vem correndo
Pra cuidar do meu bebê

Ô babá, mais que demora
Não se escondas mais de mim
Esses dias eu pensei tanto
Em você morando aqui
Nessa casa tem espaço
Pra você e tudo seu
Vem logo que até abraço
Você pode ganhar meu

sexta-feira, 27 de maio de 2011

As Orgias de Zé Celso



Zé Celso é daqueles caras, ou mulheres, que dá um boi pra entrar numa orgia, e uma manada pra permanecer. Dessas, eu participei apenas de uma, que foi no Cinema da Fundação, no Evento “Quanto foi 1968”. Amor a primeira vista, eu não me apaixonei só pela carne dele, a conquista de seu por cada palavra que era dita, pelo vinho que tomamos platéia a dentro, e pela certeza de que existem pessoas que sabem ser diferentes em cada escolha.

Destaca-se como um dos principais diretores, atores, dramaturgos e encenadores do teatro brasileiro, ele respira rebeldia desde os anos da ditadura, o que lhe rendeu uma indenização, não que algum dinheiro pague o sofrimento. Em resposta a uma emissora, ele disse que iria gastar o dinheiro com maconha, vinho, remédios e teatro.

Essa é a alma de Celso, na verdade, ninguém que trabalha com teatro, e ninguém que seja Celso Martinez deve ter apenas uma alma.
Irreverente, foi capaz de falar na coletiva de imprensa da novela Cordel Encantado, da Rede Globo, no qual é ator que odeia novela.

Dicotomias a parte, o fundador do Teatro Oficina é um coelho, como ele mesmo já defendeu, que produz e cria muito. Cria sem preconceitos, seus conceitos estão livres, sem roupa, representando a nudez no teatro.

Entre as muitas declarações polêmicas, em uma vida essencialmente polêmica está: O povo está ansioso para se educar, para fumar maconha à vontade. Para mim, é fundamental discutir a liberalização das drogas. Maconha pode trazer saúde, mas isso não é discutido. Ela é um vasodilatador e, para mim que sou cardíaco, é fundamental.

Exemplos como Zé Celso é que fazem com que acreditamos que no Brasil há muita safadeza por debaixo dos panos, mas que fazer por cima fica mais gostoso, inteligente e honesto.

Expandir

Expandir é necessário a todo ser vivente.
Crescer as calças, crescer a mente.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

E foi dada a largada!!!

E foi dada a largada para a corrida dos carros elétricos.

Em Londres, foi anunciado hoje o projeto Source London, uma parceira entre o Estado e o setor privado que abriu 150 novos pontos de carga para carros elétricos – totalizando 400 – na capital britânica.

Entre os estímulos para que os motorizados adotem a eletricidade, está na liberação, feita pelo prefeito da cidade, Boris Johnson, do pagamento do pedágio urbano, que atualmente custa no mínimo cerca de R$ 24.

Além de Londres, Paris sonha em ser reconhecida com o “título elétrico”, e pra isso, está preparando um sistema de aluguel para 3 mil carros elétricos com preços camaradas, chamado de Autolib.

E os galeguinhos da Alemanha? Angela Merkel, fina toda, tem planos de colocar até 2020, 1 milhão de carros elétricos nas ruas. Para isso, estuda-se metas como liberar os carros de impostos durante os seus primeiros dez anos, e subsidiar a indústria com até 1 bilhão de euros.

Modelo canarinho pode entrar na corrida? A verdade é que, nas décadas de 70 e 80, o Brasil foi pioneiro na criação de alguns modelos elétricos, fabricados pela Gurgel. Na atualidade, não há um foco em investir nesse setor como os exemplos acima, mas, existem protótipos e planos isolados.

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos, e ver quem vai ganhar essa corrida. Se o Brasil entrar vai ser bonito, vai ser lindo não investir boa parte da renda mensal em gasolina.

A onda é essa




Nade contra a maré,
sinta o que há no fundo.

Poucos sabem o que nós queremos,
mas muitos sabem o que querem que não alcançemos,
e talvez, queiram te afogar.

Nade conta a maré, a onda é essa.

terça-feira, 24 de maio de 2011

4 babões e 1 bebê de quase 1

Vou contar a história de 5 personagens e suas vidas amorosas, entrelaçadas.
1-Um homem maduro de 62 anos, cientista, criativo, inteligente, às vezes orgulhoso, e hoje tava babando pelos cantos.
2- Policial civil, mãe, exigente, querida, mais de 60, e baba, baba, baba todo dia, o dia todo.
3- Coroa enxuto, jornalista, alternativo, mente brilhante, mais de 60, e é baba até não poder mais.
4- Mais de 50, desenrolada, metade hippie, metade também, divertida, criativa, baaaaaba até umas horas.
5- Vilão mirim, pingo de ouro, pingo de gente, baba a chupeta dele e fica só observando, menos de 1, esse é o cara.

O homem enxuto mora na Paraíba, e muitas coisas trazia de lá, até conhecer o vilão mirim, sua vida mudou, agora ele vive vendo fotos e vídeo que o pai do vilão manda, e sonhando com o dia em que poderá encontrá-lo novamente. E não é que o cientista desenvolveu uma técnica de fazer o bebê rir em um segundo? Só coisa de cientista mesmo. E faz uma dança, meio homo sapiens, meio canguru e festa junina, arregala os olhos, abre a boca, levanta as mãos e faz um som estranho, vira menino, vira boneco, vira o que for pra conquistar o amor do bebê.

Policial civil, é um doce sim, mas às vezes azeeeeda de braba que sai de baixo, mas é só o pingo de ouro acordar que ela esquece o que é ter moral. Gente, o menino monta nela, literalmente, e depois diz que a culpa é da mãe. Pra ele, ela vira compositora, poetisa, criança, babá, diarista, cantora, massagista... ele é o xodozinho dela, vai fazer um ano.

Um jornalista, com sua voz groooossa, sai de baixo, faz musiquinha com letra, sem letra, vai passear, deixa de ver o filme, senta no chão, faz poesia, toca violão, tudo isso pra ter o amor do pequeno grande homem.

A hippie... ô hippie, o que é isso? Ela acabou de chegar aqui com rolinho, quadrinho, caixinha personalizados. É tanta criação, tanta criatividade pra pegar esse bebê de jeito, e vira criança, e vira cantora, e vira passista, e dançarina, e tudo o que for preciso pra ter esse bebê.


E o bebê? O bebê observa, explora, conhece e no fundo reconhece que ter vovós e vovôs lhe babando é a coisa mais gostosa do mundo todo.
Mamãe, por sua vez, sabe que a vida de mãe é mais deliciosa porque tem esses 4 babões e 1 bebê de 1.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tonha levou falta




-Mas Tonha, cadê você na marcha ontem?
-A polícia vetou minha ida.
-Mas como assim, a festa era sua.
-Era, mastonha ficou por aí.


Ontem aconteceu no Recife a marcha da maconha, segundo os jornais locais transcorreu em clima pacífico.
Ao som de Bob Marley, claro, estampando cartazes criativos e irreverentes, os envolvidos fizeram um momento que parece ter sido marcado pela liberdade de expressão; bonito isso. Exemplo diferente de São Paulo.
Só não teve espaço pra protestar fumando, mas enfim, como dizem por aí, não se come onde trabalha.
Não fumo, mas admiro a força dos que defendem seus ideais, que saem às ruas pra baixar passagem (isso eu já fiz), pra defender minorias, ou até mesmo maiorias, mais bonito ainda, se for em clima de paz.

-Tonha, e ficasse onde?
-Fazendo a cabeça dos que não foram.
-Ah, agora sim.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Globo e ZQuatro, tudo a ver.





Esse vídeo é só um pouco do trabalho que a equipe da ZQuatro Stúdio fez pra a festa: Troféu Lance Final, promovida pela Rede Globo. #coisalinda

Jogue na mãe, seu infeliz.


Acabou de começar mais uma chuva no grande Recife. Na atualidade é fato, grande ou pequena, ela chega levando e enchendo tudo o que vê pela frente. Dos vários motivos, culpados, inocentes, etc e tal, eu quero falar de um tipinho de culpado, que meu Deus do céu, merecia ser preso.
Minha gente, não é ideologia feita, nem papinho bonito pra sair bem na fita, mas jogar lixo pela janela do ônibus é coisa que nem na idade da pedra os homens em seus locomotivos feitos de rocha faziam isso.
Digo isso porque hoje, voltando da hora do almoço um animal botou a pata dele pra fora da janela e jogou dois pacotes de salgadinho. Meu filho, eu não tenho nada a ver com o que você come ou deixa de comer, então não jogue isso na minha cara, literalmente, por favor.
Amanhã, quando estiver tudo alagadinho, o que já está virando rotina, ele vai ser o primeiro a reclamar, falar que a cidade está um caos e vai chamar os cãos reclamando.
Animal racional que não usa a cabeça é uma merda, e por isso, vou ali comprar minha bóia pra a próxima chuva, porque feito essa mula, o Recife está cheio.

Foto de Vinícius Calado: http://viniciuscalado.blogspot.com/2011/05/recife-alagado-por-causa-das-comportas.html

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Minha majestade, a internet.

Nessa era digital onde a notícia escorre pelos nossos pés, mãos, cabeças, coração... ouvidos, boca, nariz, pulmão... aí, enjoei.

Vamos recomeçar... nessa época em que a informação é a alma do mundo e ela está em todas as partes deste, elegi a internet como meu farol, meu guia; me ajuda pelamorrrr!!!

Com tanta violência explicita na mundo e nos meios de comunicação tenho percebido que ver televisão se tornou uma forma de autoflagelação.

- Não, eu não quero saber que fulano matou a suposta mãe do filho dele, nem que beltrano fez uma escola de jogo de tiro ao alvo, nem que pais e filhos estão se matando, se drogando e se odiando.
-- Ah, e você quer saber o que, minha filha?
- Então, eu adoraria ver estampado no jornal que a igualidade é realidade, que a chuva só molha; não mata, que os homens se amam; não matam, que o sexo não é um acessório, que a raça não é um problema.
-- Ah, e você acha que isso pode acontecer?
- Eu sonho com isso, eu vivo pra isso. O mundo precisa deixar de ser modelo pra filme de terror, e enquanto isso não acontece, vou cada vez mais informar onde posso gerenciar as notícias, na minha majestade, a internet.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Redatendiprodução

Escrevo
Atendo
Produzo

Três verbos
uma profissional
muitas responsabilidades
um cliente
muitos marketings
um job
muitos pepinos
sono
e uma dor de cabeça infeliz.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A noite da córnea




Ela chegou discretamente, como quem não quer nada, e jurou que conquistaria aquele garçom. Ele lhe falou três ou quatro palavras: Vai querer o que? E ela, carente do jeito que andava, lhe jurou amor eterno.

- Quero casar e ter filhos, morar de frente ao mar e ter uma casa no campo pra os feriados. Ele lhe olhou nos olhos com tanta força, que ela pensou que ele iria penetrá-la ali mesmo, córnea a dentro.
-Sou casado, tenho filhos, amo meu marido e não dou ousadia a qualquer uma.
Ela não entendeu a mistura de gêneros, mas largou seu cigarro aceso na mesa, a conta a pagar e caminhou até o poste à frente, onde se instalava um cachorro depois de desbeber um pouco de água. Encarou-o com tanta força, que ele achou que ela o penetraria córnea a dentro, e antes que ela se aproximasse um pouco mais, ele latiu ferozmente espantando-a.

Voltando ao bar, ela olhou seu cigarro fumado pelo vento, viu seu tempo passar, seu tempo perdido, e prometeu que não perderia mais tempo com tanta procura inútil. E em meio a tantos "pês", alguns peitos, e logo ela se aproximou do seu verdadeiro destino.

- Loura, o que andas fazendo aqui a essa hora da noite, sozinha e semi-nua?

- Andei lhe procurando a noite toda.

E a Loura, agora Laura,  olhou para a dona da pergunta de forma tão penetrante, que até a sua íris se arrepiou; e a fez mulher... Comprou casa em frente ao mar, campo pra jogar bola, filhos pra amar e um café bem forte toda manhã, pra curar a ressaca de tanto amor noturno e penetrante.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Amém!

Ai como eu amo o sorriso dele, o beijo dele, o amor dele, o chamego dele...
É um amor ouvir bebês, carregá-lo no colo, dar cheiro no cangote lindo, apertar as pernas curtas e roliças...
Estou falando de ter um bebê, de ter o bebê, de ser mãe de Lucca. É uma benção ser mãe, mas mais ainda, ser mãe de Lucca. Amém.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Curtindo aqui, ali e acolá

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Novos ou velhos, verbos ou não, a verdade é que a modernidade mudou o foco de algumas ações, a modernidade on-line; principalmente.
Hoje se eu olho Lucca rindo pra mim, eu quero curtir, olho pro narizinho dele, mas não vejo nada, nenhum botão, nem mouse na minha mão. Quando chego em casa e mainha me ajudou a por ordem? Não posso pegar um mouse, nããããão. Cheguei essa semana lá em casa e meu marido comprou Temakis pra mim. Onde curto isso? E sobremesa na geladeira, alguém me ajuda???
Daqui a pouco os casais, após o sexo vão substituir o famoso “foi bom pra você”? Por: Você pode curtir isso?
Só não me deram a opção de não curtir. Chuva punk, tudo alagado, e porquinho insistindo em jogar lixo na rua. Posso discurtir em algum lugar? Se puder ser na cara dele vais ser bom, bem bom.
A verdade é que eu mandei tanta gente curtir a página da Le Lis pra uma promoção, que eu estou ainda mais viciada nisso. Então, pra fechar com chave de ouro,por hoje, quero que você curta a página da Z4 no facebook.
Ahhhh, eu curto, tu curtes, ele curte, nós curtimos, vós curtis, eles curtem muita coisa, mas faça isso on-line que dá mais ibope. Status, delegacia, borboleta, doce de leite, assunção, estou curtindo tudo, aqui, ali ou acolá.