segunda-feira, 12 de março de 2012

Tamo junto, e separados.





Na boa? Eu não consigo me adaptar a esse mundo moderno. Por mais natural que pareça conversar horas com um pedaço de tecnologia falante, eu sinto é falta das gargalhadas face a face, do olho no olho, do telefone sem fio, que mesmo ao pé do ouvido já abria margem para ruídos, imagina esse telefone sem fio que fala à distância, que tira foto e intimidade.

Acabei de ir à recepção aqui da empresa e me deparei com quatro criaturas aparentemente interagindo, mas quando me aproximei, uma olhava suas fotos do domingo, a outra falava com o namorado, uma dividia sua atenção com o facebook e alguém do outro lado da linha e a quarta dormia no sofá, com o celular na barriga.

Abaixo à falta de intimidade, de chamego, de carinho... vamos pegar o ônibus ou o carro e ir ver uma amiga, desconectar-se da internet e conectar as carnes rumo às experiências antes vividas, ver a rua, ver os problemas sociais, ser um problema social e criar soluções.

Estamos tão juntos, entre quarto paredes digitais que eu não consigo nem ouvir a tua voz, e muito menos seu novo perfume que você fez questão de comprar.